O Blog, o filme.

 
Este blog foi criado com o objetivo de trazer discussões que relacionem os temas e conceitos apresentados nas aulas da disciplina Mídia e Poder, do curso de pós-graduação em Comunicação Social da Faculdade Cásper Líbero, ministrada pelo Prof. Dr. Dimas Künsch, tendo como apoio o filme de Fritz Lang, Metrópolis.

Entre as principais ideias presentes no longa  estão: a modernidade e sua relação com a velocidade de produção, a mecanização do trabalho e das relações humanas, o desenvolvimento tecnológico, as relações de trabalho e sua desigualdade, a nova configuração do tempo e do espaço a partir da modernidade, o domínio de castas e o poder exercido por poucos, a perda da força do ideal de progresso como resultado da  tecnologia e do capitalismo, a busca de um sentido de vida e da salvação dos homens pela mediação de um messias ou uma religião e o embate entre tecnicistas e luddistas.

Tendo que, assim como o papel da Mídia na atualidade, as ideias apresentadas a partir do longa são fortes e constantes em nossa sociedade, a discussão dos mesmos se mostra interessante ao grupo que, para iniciar seu trabalho, apresenta uma resenha do filme:
 
METRÓPOLIS

Cartazes do filme

Metrópolis é uma produção alemã de 1926, dirigida por Fritz Lang, com roteiro de Thea Von Harbou e Fritz Lang. O filme retrata uma imensa cidade mecanizada, onde, no ano de 2026, ricos e operários vivem como classes opostas, sendo que os últimos se encontram em nível inferior ao das máquinas, que são as responsáveis pelo funcionamento da Metrópolis.  metropolis

No filme, a rotina massacrante de trabalho (uma crítica à rotina estabelecida com a Revolução Industrial do séc. XVIII, que já se mostrava contraditória ao ideal otimista de crescimento e progresso capitalista) é retratada com a miserável condição dos operários que, vivendo em uma cidade subterrânea, são escondidos da sociedade pelos ricos e encontram-se em situação de mecanização com o predomínio das máquinas.

Nesse cenário, destaca-se Joh Fredersen (o patrão), um rico governante de Metrópolis, que trata os operários como se fossem máquinas e que desconfia que eles estão planejando uma afronta ao sistema de trabalho. Outro destaque no filme é o filho do patrão, Freder Fredersen, que se apaixona por Maria, uma professora, e, a partir daí entra em contato com o mundo subterrâneo e conhece a cidade dos operários. Aterrorizado com a realidade subterrânea, Freder tem uma alucinação onde a máquina se transforma em monstro e mata os homens.

Diante da indiferença de Joh ao apelo pelos operários que é feito por Freder, o filho vai ao mundo subterrâneo e passa pela experiência das 10 horas de trabalho mecânico, presenciando um acidente, que é tratado como acontecimento comum e rotineiro, onde o operário acidentado é simplesmente substituído.

O patrão procura o cientista Rotwang, que lhe apresenta sua criação: um robô que pode substituir o trabalho humano. Simultâneamente, Joh e Rotwang descobrem que os operários planejam se rebelar e que Maria lidera as reuniões onde a casta subterrânea desenvolve seu plano. Maria traz esperança aos operários anunciando que a salvação deles viria com um mediador, que seria uma espécie de messias.

robô

Diante da situação, Joh decide dar ao robô as feições de Maria, para que este possa liderar os operários e influenciá-los a destruírem as máquinas para que a cidade dos operários inundasse e, assim, os trabalhadores pudessem ser justificadamente substituídos pelas máquinas.

maria_metropolis

Maria é sequestrada e suas feições são dadas ao robô que começa a cumprir a missão de liderar os operários na destruição das máquinas (que, tomando o lugar dos homens que estão por trás delas, passam a ser símbolos da opressão aos operários).

Em meio ao caos e a destruição, Maria consegue se libertar e reencontra Freder. Os trabalhadores percebem seu engano e se revoltam contra o robô com a aparência de Maria, queimando-o.

Ao fim, percebem que destruíram um robô e Freder mata Rotwang. A  conciliação entre operários e ricos (que é mediado por Freder, o filho) é simbolizado pelo aperto de mãos entre Joh e um operário, numa alusão à possibilidade de acordo a partir da derrota dos tecnicistas, representados aí por Rotwang.
 
O GRUPO É:
 
Angelita Silva
Armando Júnior
Clara Ribeiro Castellano
Mariana F. Saraiva    
Rafael Gregorio
Roberta Quaglio
Thiago D. Cassis
Yssyssay Rodrigues

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